Como aliar estética e qualidade sonora no projeto residencial

Um dos principais desafios dos arquitetos modernos é surpreender o cliente e entregar, além de funcionalidade, o que há de mais moderno de acordo com as tendências internacionais em design de interiores. É preciso que os projetos sejam agradáveis visualmente e contemplem o que o cliente deseja, mesmo que isso não tenha relação direta apenas com móveis, cores das paredes ou texturas.

 

Cada pedido de orçamento recebido hoje traz mais do que as reivindicações do passado, restritas apenas às questões visuais e estéticas. A popularização da tecnologia e a facilidade no consumo de conteúdo por meio da internet em plataformas de streaming torna qualquer sala de estar, quarto ou outros cômodos em uma potencial sala de cinema, que entrega excelentes imagens e qualidade sonora surpreendente. E é aí que começa uma parte importante da sua atuação como arquiteto, que acaba tendo que demonstrar mais conhecimento em áreas antes não relacionadas à arquitetura e ao design de interiores.

 

Especialistas do setor fazem algumas apostas para os próximos meses, que tendem a agradar pela inovação e pela desconstrução de padrões estéticos do passado. São elas:

 

 

  • cozinhas monocromáticas: é o fim definitivo dos móveis brancos na área da casa dedicada à preparação dos alimentos. A cor que anteriormente passava a ideia de higiene demonstrou-se um fator complicador justamente na hora da limpeza de um ambiente tão crítico: alto risco de manchas causadas por molhos, legumes, verduras, frutas e outros ingredientes usados na culinária e destaque excessivo de eventuais imperfeições e sujeiras. A novidade são as cozinhas coloridas monocromáticas, que permitem e incentivam a padronização de todos os móveis do cômodo em um único tom;

  • padronagem disruptiva: as estampas permitem a exploração de diversas combinações e padrões, sem a exigência de que tudo seja igual ou que as peças combinem entre si. Os desenhos, sobretudo os mais diferentes e complementares, permitem a montagem de uma linguagem única e bastante alinhada à personalidade do cliente;

  • colagens nas paredes: saem os furos e os pregos para pendurar quadros nas paredes, entram colagens com materiais especiais. Além de ser mais fácil de fazer, não danificam a superfície e autorizam a inovação ao permitir o posicionamento livre de pôsteres e adesivos;

  • tom sobre tom: seguindo a linha do que as cozinhas devem valorizar, os ambientes monocromáticos devem permanecer na moda em toda a casa. A cor que está nas paredes pode ser a principal do mobiliário, sem causar cansaço visual nem “enjoar” o habitante facilmente. A estratégia traz refinamento e dá novos ares aos espaços;

  • aplicação de azulejos coloridos: os revestimentos cerâmicos, tão fundamentais em qualquer casa, deixam de ser coadjuvantes e passam a ocupar um lugar de destaque nos banheiros, cozinhas e áreas externas. Eles passam a ser de cores diferentes, especialmente selecionadas para ornamentar e enriquecer a experiência visual;

  • humor das cores: saem os tons tradicionais e entram as cores diferenciadas, como berinjela. Ela dá um toque de diversão e modernidade aos espaços.

 

 

E o que isso tem a ver com qualidade sonora?

 

Tudo. Seguir o que há de mais moderno no design  de interiores interfere diretamente nas escolhas que você, arquiteto, vai fazer na hora de indicar produtos que estejam alinhados com a sua diretriz visual num projeto residencial. O fato é que o mercado se atentou para isso e hoje os principais fabricantes de equipamentos de sonorização ambiente já entenderam que o layout tradicional de vários aparelhos precisa dar lugar para linhas mais harmônicas e modernas.

 

No passado, o consumidor preferia aparelhos de som com luzes, medidores de volume (VUs) e botões, muitos botões! A impressão passada era de que se tratava de um equipamento profissional, de alto desempenho, e por isso esse impacto visual agradava muita gente. De fato, isso era verdade, mas com o tempo essa linha começou a se chocar com projetos contemporâneos do design de interiores, que passou a valorizar o minimalismo e as linhas mais limpas do ambiente, da mobília e dos objetos.

 

Algumas iniciativas da indústria começaram a ser lançadas, mas em sua maioria, os primeiros produtos tinham duas desvantagens muito grandes:

 

 

  • design limpo e moderno, porém qualidade de áudio sofrível e limitações sonoras bastante perceptíveis;

 

  • preço elevadíssimo, restringindo equipamentos com bom acabamento visual a consumidores de alto padrão.

 

Além disso, a própria condição da indústria eletrônica mundial de 20 anos atrás limitava muito a execução de projetos de aparelhos com tamanho reduzido. Em muitos casos, componentes mecânicos como motores, polias, correias e outros itens impediam o desenvolvimento de equipamentos para som ambiente finos. Um exemplo que ajuda a compreender essa evolução foi o que ocorreu com os televisores: antes eles dependiam de um tubo gerador de imagens, que consumia bons centímetros da profundidade do objeto. Hoje, elas podem ser penduradas como um quadro na parede.

 

Exemplos de equipamentos que aliam estética e qualidade sonora

 

Como você leu, a indústria se atentou para a necessidade de tornar seus produtos cada vez mais bonitos, discretos, e com alta qualidade sonora. Isso foi excelente, pois deu mais opções para os projetistas e arquitetos — que podem explorar uma gama maior de itens sem precisar se preocupar se eles vão destoar da dinâmica original do ambiente — e permitiu que os consumidores possam personalizar as suas casas com mais liberdade.

 

Fazem parte dos produtos que receberam esse “facelift” de projeto todos os itens fundamentais de um bom projeto de sonorização de ambientes: caixas de som, arandelas, amplificadores e subwoofers. Cada um tem uma função importante e deixá-los de fora pode comprometer a qualidade sonora final do sistema.

 

Arandelas

 

São caixas de som de embutir no teto ou nas paredes. Elas permitem dar ao ambiente aquela sensação de som de cinema, pois geralmente funcionam em conjunto (para a montagem de sistemas 5.1, 7.1 ou outras configurações). Elas preenchem o ambiente com som, distribuindo proporcionalmente as ondas sonoras conforme o que é exibido.

 

Como a proposta é que o destaque delas seja por meio do som que produzem — claro, sem distorções e com bom volume —, quanto menos elas aparecerem, melhor. Isso é facilmente cumrpido pelos modelos borderless (sem borda) que são fixados de forma segura em forros de gesso ou paredes e acabam ficando totalmente camufladas, sobretudo se a cor da superfície for a mesma do aparelho.

 

Subwoofers

 

São eles os responsáveis por reforçarem os graves de qualquer som. Sem esse item, a impressão que o ouvinte tem é que “falta peso”. O som até é claro, mas não preenche corretamente o ambiente.

 

Porém, como o som grave e forte produzido por ele exige espaço, o subwoofer acaba sendo uma peça um pouco maior e que precisa ficar num ponto específico de uma sala (por exemplo) para dar bons resultados. O desafio dos arquitetos aqui é: onde colocá-lo para que não apareça mais do que o necessário nem tenha seu rendimento comprometido?

 

Os subwoofers mais modernos do mercado já vêm de fábrica com essa preocupação: são desenvolvidos de forma a permitir a harmonização com outros itens do ambiente e possuem cores discretas, como o branco, o que ajuda a não chamar mais atenção do que o necessário. Assim eles podem ser colocados ao lado de um rack ou até mesmo perto da TV ou da tela de projeção, espalhando os graves para todo o ambiente.

 

Caixas de som

 

A solução ideal para sonorização de uma área externa (piscina, espaços gourmet e para churrascos etc). Têm praticamente a mesma função das arandelas, mas podem ser fixadas na parede com um suporte, sem a necessidade de uma perfuração maior. Outra vantagem: os modelos mais atuais têm um tratamento especial para resistirem às intempéries e aos raios ultravioleta da luz solar.

 

Amplificadores

 

São eles que vão enviar o som para as caixas de som ou arandelas. Antigamente era comum que os arquitetos tivessem dificuldade em encaixá-los no projeto, pois eles eram aparelhos grandes, altos e com profundidade elevada.

 

Hoje, além dos amplificadores que eliminam a necessidade de fios, há modelos do tipo slim que podem ser instalados na parede, no mesmo espaço dedicado a uma tomada ou interruptor (caixas elétricas do tipo 4X2). Além de amplificarem o som, eles têm conexões sem fio, leitores de cartão de memória, USB e recebem sinal de rádio — uma solução completa para projetos de todos os tipos.

Para conhecer mais sobre soluções que unem estética e qualidade sonora, acesse o nosso site e visite o nosso blog. Lá os nossos especialistas compartilham conhecimento que vai ajudar você a tomar as melhores decisões.

 

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