Ouvimos falar sobre som estéreo o tempo inteiro. Escutamos áudio em estéreo no Spotify, no fone de ouvido, quando compramos caixas de som, em caixas portáteis e etc. Mas será que realmente sabemos o que significa isso? É o que vamos explicar nesse post!
O som estéreo foi inventado pelo engenheiro eletrônico britânico Alan Blumlein. Nascido em Londres, em 1903, Alan ficou bastante conhecido por suas incontáveis invenções. Era tão produtivo que deu relevantes contribuições nas áreas de telecomunicações, gravação sonora, som estéreo e até televisão e radar.
No início dos anos 1930, Alan e sua esposa frequentavam o cinema. Naquela época, o sistema de som era muito simples, e mesmo que o ator falasse em um canto da tela, o som poderia vir do outro lado.
Durante os seus incansáveis experimentos sobre reprodução de áudio e localização espacial, Alan propôs o que foi a sua maior contribuição para o áudio: um sistema de reprodução baseado em dois sinais de áudio, o sistema estéreo como conhecemos hoje.
Alan morreu ainda muito jovem, durante a Segunda Guerra Mundial, aos 38 anos, e conta com um número impressionante de patentes registradas no seu curtíssimo tempo de vida.
Como funciona o sistema de som estéreo
Em termos bem práticos, o áudio estéreo é composto por dois sinais, L e R (do inglês “left” e “right”, ou esquerdo e direito).
Estes dois sinais, quando reproduzidos por dois transdutores posicionados em uma angulação específica, conseguem criar um efeito chamado de imagem fantasma (do inglês “phantom image”).
Esta técnica permite a criação de um efeito de movimentação da fonte sonora entre as duas caixas, fazendo com que possamos posicioná-la em qualquer lugar entre as duas caixas.
Este movimento das fontes sonoras é utilizado até hoje como um recurso interessantíssimo de mixagem. Esta simples técnica permite simular o posicionamento de artistas em um palco, por exemplo, ou a movimentação de um personagem de um lado para o outro da tela de uma televisão.
Som estéreo na prática: como montar o sistema
A forma exata de criar um sistema estéreo perfeitamente funcional é posicionando as caixas em duas pontas de um triângulo equilátero e o ouvinte na terceira ponta.
Desta forma, garantimos que a imagem fantasma criada pelo sistema vai ser estável o suficiente para criar efeitos de movimentação.
O principal problema disso tudo é que esse posicionamento somente é seguido ao pé da letra em ambientes como salas de mixagem ou de masterização.
Em residências, automóveis e na maioria dos outros ambientes, a imagem fantasma é distorcida pelo posicionamento errado dos transdutores, o que muitas vezes cria um efeito que se assemelha muito mais ao áudio mono do que o estéreo.
O que você precisa saber na hora de comprar
Agora que você já sabe a origem e como funciona o som estéreo na prática, confira o que fazer na hora de decidir pela compra de um aparelho.
Recapitulando: o som estéreo tem dois canais, ao contrário do mono, que tem um só. Então, se existem duas saídas de som, você vai precisar de duas caixas de som para obter esse efeito.
Se a ideia é ter a sensação de profundidade sonora na sala da sua casa, home theater ou sala de games, podemos indicar um sistema de som 2.1, por exemplo. Nesse caso, além das duas caixas de som – representada pelo número 2 – você tem também um subwoofer – indicado pelo 1 – que dá o peso e a emoção ao som.
Evolução do som estéreo
O som reproduzido em dois canais foi uma grande evolução em relação ao mono, pois passou a dar uma noção maior de espaço e origem da fonte sonora. No entanto, a pesquisa nessa área evoluiu tanto que hoje temos a reprodução por seis canais, também conhecida como 5.1 – sendo 5 caixas de som e 1 subwoofer.
Esse sistema, que surgiu nos anos 1980, se popularizou nos cinemas ao preencher o espaço de 360 graus das salas de exibição. De lá pra cá, a tecnologia evoluiu tanto que é bastante acessível obter um sistema 5.1 para o conforto da sua casa.
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