O desenvolvimento de um projeto CFTV vai muito além da escolha dos equipamentos. O projeto deve ser planejado de forma estratégica para oferecer o melhor custo-benefício, atender às necessidades do cliente e entregar a melhor experiência para os usuários do imóvel.
Embora seja fundamental, o planejamento ainda é um grande desafio para os profissionais do setor, que muitas vezes não dominam essa prática. Neste artigo, você encontra dicas para montar um projeto CFTV e cobrar corretamente por ele. Continue lendo e confira.
Como montar um projeto CFTV?
Seguir alguns passos vai te ajudar a desenvolver um projeto CFTV eficiente e atender às expectativas do seu cliente. Veja a seguir, o que você deve fazer para ter sucesso em seu projeto.
Defina qual é o objetivo do projeto
O objetivo do projeto é o ponto inicial, pois vai determinar o que será feito e como será feito. Para identificar qual é o objetivo, responder algumas perguntas pode te ajudar. Por exemplo, o CFTV será usado no monitoramento de perímetro? O projeto será usado no controle de processo ou na proteção de ativos?
Essas e outras perguntas ajudam a direcionar o projeto e esse direcionamento deve ser documentado. Essa documentação vai orientar sobre o que deve ser feito e vai amparar as decisões do projetista, garantindo que tudo foi validado com o cliente. Além disso, o que não for mapeado tem grandes chances de não se concretizar.
Identifique o melhor tipo de tecnologia para o projeto
As câmeras de um projeto CFTV podem ser analógicas ou digitais (IP). As câmeras analógicas, por exemplo, têm a resolução medida em linhas de TV. Elas representam a quantidade de linhas que são geradas e exibidas em um ou mais monitores. Esse foi um dos primeiros sistemas a ser disponibilizado no mercado, por isso são equipamentos mais comuns de serem utilizados.
As câmeras IP, no entanto, entregam imagens com mais qualidade em qualquer momento do dia. Por meio do infravermelho, o sistema consegue captar os movimentos através das ondas térmicas. Dessa forma, o CFTV entrega até imagens com pouca iluminação.
As imagens podem ser acessadas a qualquer momento e de qualquer lugar, mas para isso, é preciso ter acesso à internet. A tecnologia IP é mais atual e eficiente do que o sistema analógico, as imagens são transmitidas digitalmente, por meio de uma rede de conexão local.
Defina o posicionamento das câmeras
O próximo passo do projeto é ir até o local para vistoriar e avaliar o melhor posicionamento para as câmeras. Nesse momento, avalie as possíveis interferências que podem prejudicar a captura das imagens, como árvores, postes e outros tipos de bloqueios.
Apenas uma visita permitirá que você saiba exatamente quais são os objetos que podem prejudicar as imagens ou bloquear a visualização. Além disso, com a visita você consegue avaliar a iluminação e definir o melhor posicionamento para as câmeras.
Escolha o sistema de gerenciamento
O sistema de gerenciamento deve ser definido junto com a tecnologia que será utilizada no projeto. O sistema de gerenciamento vai determinar a experiência do cliente e até o seu custo com o projeto no futuro. Por exemplo, se o sistema de monitoramento for analógico, o CFTV deverá ser conectado a uma rede de computadores.
Essa rede pode ser interna, sendo instalada no próprio imóvel (isso vai exigir que mais equipamentos sejam utilizados, como servidores, no break, monitores etc) ou estar conectada a uma empresa especializada no monitoramento. Caso opte por um sistema digital, não é necessário uma rede de monitoramento. O próprio cliente consegue acompanhar as imagens em tempo real a partir de um computador, celular ou tablet.
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Quanto cobrar por um projeto CFTV?
Definir os valores de um projeto CFTV não é uma tarefa fácil, por isso muitos profissionais acabam errando, cobrando menos do que deveriam ou mais do que o cliente está disposto a pagar. As consequências disso são menos serviços prestados e um faturamento menor. Veja a seguir, como cobrar por um projeto CFTV corretamente.
1- Saiba quanto seus concorrentes cobram
Conhecer os concorrentes e seus preços é uma forma de avaliar como estão os seus preços. Você identifica as fraquezas da concorrência e pode utilizá-las a seu favor para potencializar o seu serviço. Além disso, consegue identificar seus diferenciais e usá-los a seu favor na hora de cobrar.
2- Defina o tipo de cobrança
Cobrar por hora ou por um preço fixo? Essa é uma dúvida comum entre quem vende esse tipo de serviço. A cobrança por hora é interessante para serviços que levam muito tempo para serem realizados, enquanto o preço fixo pode te ajudar a ter melhor previsibilidade.
Nos dois casos, é importante sempre considerar a complexidade do serviço antes de determinar os valores. Por isso, mesmo com uma definição, os custos podem variar.
3- Identifique seus custos
Coloque na ponta do lápis todos os seus custos com deslocamento, investimento em equipamento, mão de obra extra — caso contrate ajudantes —, cursos de capacitação e especialização e outras despesas. Ter clareza dessas informações vai te ajudar a saber quanto você vai tirar de lucro líquido.
4- Saiba quanto vale o seu trabalho
Mesmo que você opte por cobrar por projeto, saber quanto vale a sua hora de trabalho é importante para ter uma base do valor do seu tempo. Para fazer essa conta, considere que durante o ano, temos 365 dias, em média 2.000 horas úteis. Se você pretende faturar R$ 50 mil por ano, divida esse valor pela quantidade de horas.
Assim, você saberá quanto vale a sua hora e na hora de definir o valor do projeto, poderá avaliar se o tempo necessário para aquela instalação está sendo bem paga.
Gostou deste conteúdo? Continue a leitura e descubra como cobrar pela instalação de câmeras de segurança.
